Indústria do cimento apresenta Roadmap na FIESP
Proposta, alinhada ao Acordo de Paris, busca redução de até 33% na emissão de gases de efeito estufa (CO2)
Por meio da ABCP e do SNIC, a indústria brasileira do cimento apresenta na manhã desta quarta-feira, 27/11, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo, o Roadmap Tecnológico do Cimento & Coprocessamento, tendo a presença de cerca de 100 profissionais da cadeia e diretamente relacionados ao tema. O documento traça as principais diretrizes e ações para a redução das emissões de CO2 na indústria cimenteira do Brasil, que para isso utiliza combustíveis alternativos nos fornos de cimento (tecnologia do coprocessamento). Elaborado pela indústria em colaboração com diversos parceiros nacionais e internacionais, o Roadmap foi apresentado em abril, em Brasília, ao Governo Federal, em evento realizado na Confederação Nacional das Indústrias (CNI) na presença do ministro Ricardo Salles, do MMA, e já passou por Belo Horizonte-MG e Curitiba-PR, onde foi apresentado nas respectivas federações da indústria.
O encontro na Fiesp foi aberto pelo presidente da ABCP e do SNIC, Paulo Camillo Penna, que compôs a mesa ao lado de José Ricardo Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo; Carlos Eduardo Auricchio, vice-presidente da Fiesp e diretor titular do Deconcic/Fiesp (Departamento da Indústria da Construção e Mineração) e no ato representando o presidente da Fiesp, Paulo Skaf; e do subsecretário de Infraestrutura do governo do Estado de São Paulo, Glaucio Attorre Penna, representando o secretário Marcos Penido, secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo. “A indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão de CO2 no mundo, por conta de ações que vêm sendo implementadas nas últimas décadas, e queremos continuar liderando esse processo no futuro”, disse Paulo Camillo Penna, presidente da ABCP e do SNIC.
Carlos Eduardo Auricchio, vice-presidente da Fiesp, em sua mensagem de encerramento da solenidade de abertura, destacou o 13o Construbusiness, que acontece no próximo dia 2/12 na Fiesp, e que traz dados significativos da retomada da economia e da cadeia produtiva da construção.
O evento contou ainda com a presença de diversas lideranças setoriais e autoridades:
Iria Doniak, presidente executiva da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto); Levon Hovaghimian, presidente da Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho; e Abílio Weber, diretor da Escola Orlando Slaviero do Senai/SP.
PROGRAMAÇÃO
MÓDULO 1 – ROADMAP TECNOLÓGICO
08h30 – Recepção dos convidados e palestrantes
09h00 – Cerimônia |Mensagem de abertura
Paulo Camillo Penna – Presidente ABCP/SNIC; Autoridades
09h15 – Roadmap Tecnológico do Cimento – Brasil
Gonzalo Visedo – Coordenador de Meio Ambiente – Sindicato Nacional da Indústria do Cimento – SNIC
09h45 – Painel 1: Estratégias de Redução de Emissões, Ações já Implementadas e Desafios Futuros
MODERADOR: Arnaldo Battagin – Gerente de Tecnologia – Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP
- Carlos Massucato – Diretor de Desenvolvimento Técnico e Relações Institucionais –InterCement
- Erika Tugumi – Senior Investment Officer – International Finance Corporation –IFC / World Bank Group
- Fabio Cirilo – Coordenador de Sustentabilidade – Votorantim Cimentos
- Vanderley Moacyr John – Professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP
10h30-CoffeeBreak
MÓDULO 2 – COPROCESSAMENTO
10h45 – Evolução do Coprocessamento e o Novo Ciclo de Crescimento
Daniel Mattos – Head de Coprocessamento – Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP
11h15 – Combustível Derivado de Resíduos – Estudo de caso
Eduardo Porciúncula – Gerente Geral – Verdera – Votorantim Cimentos
11h45 – Painel 2: Desafios e Oportunidades para a Recuperação de Resíduos Sólidos
MODERADOR: Mario William Esper – Gerente de Relações Institucionais – Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP
- Anícia Pio – Gerente de Desenvolvimento Sustentável – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP
- Edmundo Correa Ramos – Diretor de Operações de Negócios Adjacentes – Votorantim Cimentos
- Rodrigo Salviatto – Gerente de Coprocessamento – Intercement
- Júlio Natalense – Diretor de Sustentabilidade – DOW
- José Valverde Machado – Coordenador RSU da SIMA – Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de SP
12h30 – Encerramento
Paulo Camillo Penna – Presidente ABCP/SNIC; Autoridades
Sobre o Roadmap
A indústria desenvolveu o Roadmap em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA), Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (CSI) do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), International Finance Corporation (IFC) – membro do Banco Mundial – e um seleto grupo de acadêmicos de renomadas universidades e centros de pesquisa do país, sob a coordenação técnica do professor emérito e ex-ministro José Goldemberg.
O estudo propõe alternativas para reduzir, ainda mais, as baixas emissões de CO2 da indústria nacional de cimento. Mais do que isso, identifica barreiras e gargalos que limitam a adoção de políticas públicas, regulações, aspectos normativos, entre outros, capazes de potencializar a redução das emissões em curto, médio e longo prazo.
O documento na sua íntegra pode ser encontrado nos seguinte links:
https://abcp.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Roadmap_Tecnologico_Cimento_Brasil_Book-1.pdf
https://abcp.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Roadmap_Tecnologico_Cimento_Brasil_Encarte.pdf
O Coprocessamento
O coprocessamento, além de ser um dos pilares previstos pelo Roadmap como uma das soluções para a redução na emissão de gases de efeito estufa, se apresenta como uma alternativa viável e acessível para a destinação de resíduos sólidos urbanos em cidades próximas da indústria.
O uso de combustíveis alternativos na produção de cimento, por meio do coprocessamento, não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais, por substituir matérias-primas e combustíveis fósseis no processo industrial, habilitando-se como uma das soluções possíveis para a destinação correta dos resíduos sólidos urbanos, não atendida por cerca de 3.350 municípios brasileiros, em claro conflito com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Além disto, trata-se de um processo existente e consolidado mundialmente, gerando ganhos sociais, econômicos e ambientais – a tríade do conceito de sustentabilidade – para os envolvidos em toda a cadeia de coleta e descarte de resíduos.
Mais recentemente, a tecnologia tem sido a solução para o destino do óleo recolhido nas praias do Nordeste brasileiro, como tem sido amplamente divulgado.
O Panorama do Coprocessamento 2019, lançado recentemente, atualiza os dados e indicadores da atividade na indústria brasileira do cimento.
O documento, como e-book, pode ser acessado pelo link http://bps.com.br/abcp/panorama/2019/vr2/ e para download do caderno pelo link https://abcp.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Panoramaco_processamento_2019_v2-bx.pdf